terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Por um transporte publico de qualidade!

As empresas de ônibus Petropolitanas ficam muito ricas em cima do suor dos trabalhadores e trabalhadoras e Petrópolis, pois na sua maioria são estas pessoas que utilizam / pagam os ônibus diariamente.
 As manifestações que ocorreram no país em 2013 tiveram como bandeira primeira a luta pela diminuição dos preços das passagens e a consequente melhoria no transporte público. Mesmo que as passeatas tenham ganhado as grandes avenidas das principais capitais do país, aqui em Petrópolis, parece que o poder publico não esta preocupado com a população.
 As empresas por licitação ganham 12% do valor “investido”, ou seja, crescimento das empresas é de 12%. As 5 empresas de transporte, de Petrópolis, faturam mais de 800 mil por mês (dados das planilhas das próprias empresas). O PIB Brasil cresceu menos de 1% em 2014, ou seja, a riqueza produzida no Brasil cresceu menos de  1%. Como uma empresa privada pode crescer 12%? Uma única resposta explorando os usuários pagantes (trabalhadores e trabalhadoras). ISSO É UM ABSURDO.
 Novamente os donos das empresas enviaram um pedido de reajuste da tarifa para COMUTRANS. Não podemos aceitar esse aumento, pois faz menos de um ano que houve o aumento da passagem.
 Ano passado já estávamos na luta contra o aumento
das tarifas e as péssimas condições do transporte. Somando a isso, condenamos o acúmulo de tarifas. Por exemplo, transformando motoristas também em cobradores, sem a devida adequação salarial. Queremos sim a estatização do transporte público, queremos uma empresa controlada pelos trabalhadores.
 A defesa do combate ao aumento é importante, mas não muda a condição do transporte público em Petrópolis. Este é o momento de também travarmos uma luta em defesa de uma empresa pública de transporte coletivo, pois se a empresa de ônibus for pública não há motivo para essa busca desesperada de lucro, como acontece hoje no caso das empresas de ônibus de Petrópolis.


Vem, vamos embora;
Que esperar não é saber;
Quem sabe faz a hora;
Não espera acontecer;



                                                            Geraldo Vandré

Pergunto-vos , quem é Jair Bolsonaro?

Companheiras, passamos por tempos difíceis, de completa exclusão social, desigualdade e preconceito de todos os tipos, confundidos discursos de ódio com liberdade de expressão, repudiamos ações diretas contra o capital que nos prejudica, e defendemos aqueles que levantam bandeiras em prol de um sistema militar burguês ditatorial, em que tempos vivemos?
Quando acordamos, acordados pelo despertador, vamos servir a alguém, esse alguém fortemente amparado pelo estado capitalista, em sua maioria branco heterocisnormativo e masculino, esse estado formado em um patriarcado que expõe mulheres sempre ao ridículo, diminuindo as mesmas, que contraria lutas feministas e as chama de vadias. Esse estado que pouco faz para impedir as visíveis formas de machismo que se espalham no nosso dia a dia, que regulam e muitas vezes através do medo impedem mulheres de sair com a roupa que vão se sentir bem, esse machismo que violenta as mulheres, que agride as mulheres e que causa sim, a morte de milhares de mulheres por violência em cada ano. Esse estado que não deslegitima essas políticas de cunho machista, teve essa semana um protagonista quanto ao assunto. O deputado Bolsonaro, militar, defensor do porte de armas, da redução da maioridade penal, da pena de morte, dessa vez repetiu algo que tinha feito alguns anos atrás, apologia ao estupro, ao falar para uma deputada que não a estupraria, porque ela não merecia, Bolsonaro repudiou toda luta de nossas companheiras feministas, combateu toda luta pela liberdade sobre seu corpo e atacou diretamente as mulheres. Bolsonaro, que se diz a favor da família cristã, dos bons costumes, incitou mais uma vez o ódio e violência, a postura de Bolsonaro em seu discurso não parou por aí, ele extrapolou o nível fascista do discurso quando chamou o dia internacional dos direitos humanos de dia internacional da vagabundagem. O que dizer ao senhor, que já se posicionou contra todas as formas de família, que tem posições extremamente machistas e homofóbicas, que desmerece a comissão nacional da verdade, defendendo novamente os estupros que comprovadamente ocorreram nos porões da ditadura, que defendendo as torturas que ocorreram não só na ditadura, mas ocorrem rotineiramente no dia a dia das comunidades do rio de janeiro, Bolsonaro, te dizemos que por isso as políticas de direitos humanos se fazem necessárias no nosso cotidiano.
O senhor, tem uma política de caráter totalmente fascista, atacando as mulheres, homossexuais, transexuais e imigrantes haitianos, bolsonaro, o senhor é um conspirador que vê uma ditadura em plena democracia burguesa, que diz que vivemos em uma ditadura comunista quando os ganhos dos empresários nunca foram melhores, basta ver a rentabilidade de ganhos do banco Itaú. O canalha (bolsonaro) pratica uma política altamente patriarcal seguida de um nepotismo político profundo ao colocar seus filhos como ‘sucessores fascistas’ da sua política. Além de todas essas atrocidades o pior é saber que o canalha bolsonaro foi o deputado mais votado do rio de janeiro, nos mostrando o quão claro fica que devemos estar atentxs infelizmente a nossa rotina, 400.000 pessoas repudiam os direitos humanos, desmerecerem as minorias e lutam a favor do avanço fascista, mas eles não são maioria, nós unidos somos a maioria e devemos lutar contra esse avanço fascista, devemos erguer barreiras, mulheres, negrxs, imigrantes e LGBT’S, devemos nos unir e lutar contra essas atrocidades, é de suma importância a nossa união nesse momento, muito além de pedir a cassação e prisão desse monstro (vale ressaltar enquanto existem militantes presos por comparecerem a manifestações no rio de janeiro) devemos mostrar que estamos organizados, e nossos sonhos são muito maiores que eleições, não cabem em urnas, só a luta engrandece o tamanho dos nossos sonhos, diante essas questões, eu vos pergunto, quem é o Jair bolsonaro? E quem somos nós? Quem tem a força de mudança? Nós somos o povo, nós somos as mulheres que sofrem violência e agressões cotidianamente, alimentadas por discursos de ódio, e quem é bolsonaro? Apenas um fascista a ser combatido, mas ergamos os punhos companheirxs e gritamos, NÃO, NÃO PASSARÃO, MACHISTAS NÃO PASSARÃO, JAMAIS!

domingo, 9 de novembro de 2014

A polícia protege quem?

   Para que serve a polícia? Aposto que a maioria das resposta será "pra proteger a população" ou algo parecido. Então fica a dúvida, ela protege? Nem vamos responder, cada cidadão sabe a resposta.  Quando nos referimos a polícia não estamos falando de um policial, mas sim da organização policial, a instituição. A polícia realmente protege, mas protege o interesse dos ricos, ou seja, ela tem o papel de manter a sociedade do jeito que está, ricos de um lado e trabalhadores e pobres do outro.  Esse comportamento de uma polícia da classe dominante não é apenas no Brasil, ela é assim em qualquer Estado capitalista. Esse tipo de Estado mente ao povo dizendo que a polícia protege a população, mas ela só defende o interesse da classe burguesa. Um exemplo brasileiro de uma polícia autoritária e repressora pra classe trabalhadora pode ser visto nas UPP (unidade de polícia pacificadora). A UPP é uma ferramenta do Estado pra oprimir os jovens e trabalhadores das comunidades carentes. Podemos ver nos jornais que a UPP mata jovens todo dia. E o pior mentem que é por causa de drogas, se fosse assim na zona sul carioca, onde vende-se muita droga, esse tipo de coisa deveria acontecer, mas como é uma região de ricos e poderosos, nada acontece. Outro exemplo de polícia classista, é o fato que aconteceu no México. No dia 26 de setembro, os estudantes do grupo da escola do Magistério de Ayotzinapa, cidade rural do Estado de Guerrero, viajavam à vizinha Iguala, para arrecadar fundos para seus estudos, desapareceram. Os policiais da região abriram fogo contra os 3 ônibus, em seguida levaram um dos ônibus com os estudantes dentro. Deixando ao menos 6 mortos, 25 feridos e 43 desaparecidos. Com esse fato os mexicanos partiram para protestos radicais exigindo respostas. Nós prestamos solidariedade ao povo mexicano, repudiando qualquer abuso de poder pelos aparelhos estatais que defendem a classe dominante e apoiando qualquer tipo de manifestação de caráter popular contra essa  atrocidade cometida pelos policiais no México. "NO SOMOS TODOS, NOS FALTAM 43!" "CON VIDA SE LOS LLEVARON, CON VIDA LOS QUEREMOS!" como brandam os mexicanos. Por isso necessitamos de um Estado socialista, onde o interesse dos trabalhadores esteja acima dos lucros dos patrões, onde os aparelhos de Estado sirvam para o bem da população e que as tarefas atribuídas a polícia realmente sejam pra defender os trabalhadores, diferente do que acontece hoje, lutar para a desmilitarização da policia no Brasil é uma outra bandeira que devemos levantar, não é uma opção apenas, é uma necessidade, assim como a retira IMEDIATA das tropas brasileiras do Haiti.

sábado, 1 de novembro de 2014

A freqüência cirúrgica na evolução politica dos indivíduos e a legitimação da universalidade do ser.

   Cada indivíduo é um ser diferente do seu próximo dentro dos limites que o permitem a própria natureza, todos tem condição de fazer escolhas mediante a sua condição de liberdade o permite e assim formar o seu próprio caráter e personalidade. Mas isso não exclui de forma alguma a universalidade das necessidades dos indivíduos em comum, e logo não extingue a possibilidade da participação politica conjunta com um mesmo objetivo comum. Assim como a fome, a sede e o sono são necessidades fisiológicas tanto para os mais extrovertidos como para os mais introvertidos, a necessidade de autonomia politica faz parte do mesmo conjunto de necessidades, porém essa última exclusivamente humana. Insistem porém em nos alimentar com soro, quando somos capazes de preparar o nosso próprio alimento. Induzem-nos a sono forçado quando sabemos muito bem a hora de dormir e acordar, renegam-nos a água, enquanto sabemos exatamente como chegar aos mananciais, nos oferecem o sufrágio universal enquanto podemos ter a felicidade nos governar!
   Jamais na história precisamos tão pouco de "avanços significativos" tanto quanto jamais precisamos tanto de uma revolução armada.
    Nunca necessitamos tanto da ajuda de nós mesmos, como fomos boicotados pelos nossos próximos. Que tenhamos menos Lulas e mais Luizes, Joãos e Marias, que construamos com as próprias mãos os nossos caminhos e vias para a felicidade. A Revolução é a nossa felicidade! 
  O trabalhador unido, jamais será vencido!

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Implicações do neoliberalismo e da teoria do capital humano na política educacional brasileira

  O texto¹ trás consigo uma resposta à questão sobre a crise instaurada no sec XX e qual sua influencia na educação brasileira, que por hora ia de mal a pior. O texto escrito em 2009 aponta um dado até então desconhecido por alguns leitores. Afirmando com base nos dados da ONU e FAO que mais de 1 bilhão de pessoas no mundo sofreram de subnutrição. Ou seja, 1/6 da população tinha bem menos que o necessário para uma alimentação básica. Consequências de um sistema capitalista em declínio desde meados do século passado.
Outro dado de relevante importância é que 44 milhões de pessoas no Brasil eram vulneráveis à fome e o numero de pessoas que viviam abaixo da pobreza era de 32,9 milhões. Obs.: Isso porque "conseguimos" erradicar a fome no Brasil, como nossos candidatos afirmam com veemência. O Brasil apresenta um dos piores índices educacionais do mundo perdendo apenas para o Haiti, mesmo com o declínio do nº de analfabetos, esse índice ainda está longe da satisfação em relação aos países desenvolvidos. Com base nesses dados pode - se afirmar que nossas crianças e jovens são submetidos a um processo de escolarização que não favorece ao desenvolvimento, a potencializar o aluno como indivíduo. Pelo contrário, a conjuntura educacional tem contribuído para o empobrecimento cultural e social.
  A educação básica está fraca em conteúdos e significados, acelerando cada vez mais o "aprendizado" e alienando - o. Já a Educação Superior carece de boas formas de ensino uma vez que a um grande investimento em instituições privadas. Ou seja, por isso ouvimos de nossos professores, a frase "você está aqui porque quer", quando na verdade estamos nas faculdades com graves deficiências porque nosso governo não tem a decência de prover melhores faculdades públicas e que tenha o acesso por parte de todo e qualquer cidadão. Então acabamos sendo obrigados a estudar matérias que não nos fazem ir adiante, apenas nos estagnando e conservando os moldes de uma doutrina católica.
  Grandes estudiosos afirmam que esse sistema capitalista inserido em nossa sociedade, faz com que o sistema de ensino passe aos alunos o sentimento de capital humano. Ou seja, o homem terá valor na sociedade, se seu capital de "conhecimento" for condizente com que o sistema espera. Então agregamos valores a determinadas disciplinas e desmerecemos outras que por ventura são tão importantes quanto. Mas como vivemos no sistema onde a falácia da meritocracia foi implantada de forma a alienar para convencer o cidadão.
  Assim o formando que estudou 10 anos medicina, deve receber mais que o professor de matemática. Pois, aí se encontra, uma das defasagens desse capital humano, que nos é imposto. Onde todos os cidadãos são igualmente responsáveis pelo desenvolvimento do país.
  Com a implantação do sistema capitalista no fim do sec XVIII e início do sec XIX, vem junto uma nova forma de organização social , política e econômica. Em resumo, o sistema capitalista, cuja forma econômica se centra na propriedade privada dos meios de produção, implica a apropriação privada dos bem produzidos coletivamente. Ou seja, " a produção social da riqueza fica subordinada aos interesses privados da classe detentora dos meios de produção." Os modelos taylorista e fordista foram idealizados e introduzidos no sistema produtivo fabril nos sec XIX e XX, como forma de controlar o espaço e tempo do operário e assim deter o controle dos meios de produção e produzir mais-valia. O trabalho alienado e a divisão social do trabalho são o que a caracterizam a reprodução dessa sociedade regida pelo capital.
Opinião da nossa militância referente a parte do texto: " ¹ IMPLICAÇÕES DO NEOLIBERALISMO E DA TEORIA DO CAPITAL HUMANO NA POLÍTICA EDUCACIONAL BRASILEIRA: A DÉCADA
DE 1990 EM QUESTÃO " Telma Martineli Pacifico

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Educação de hoje não educa, somente adestra!

  Sabemos que o sistema em que vivemos é dominado pelos patrões,  onde a maioria  explorada  produz  o  lucro  para  uma  minoria.  A  educação  é  algo que deveria  ser  considerado  libertador,  mas  acaba  sendo  boicotada  pela burguesia, pois se o povo fosse educado esse sistema capitalista e diabólico já estaria exterminado.
   A educação pública depende dos investimentos do estado que, por sua vez, é dominado  pelos interesses  dos ricos. A educação pública não educa, mas adestra os alunos para que sejam os futuros trabalhadores explorados.     Sentimos  falhas  na  educação  pública,  primeiramente  porque  falta  a valorização dos professores, os salários são péssimos e muitas das vezes os professores são obrigados a trabalhar em três ou quatro escolas para ter uma renda que possibilite a sustentabilidade financeira de seus familiares. 
    Nesse  sentido,  queremos  maior  investimento  do  estado  nas  escolas públicas e para os profissionais da educação, valorizando-os e respeitando as condições  de  trabalho  que  merecem.  O  sindicato  deve  fazer  uma  luta direta, entre  educadores/trabalhadores  contra  ESSE  ESTADO  BURGUÊS que representa os interesses dos ricos capitalistas.
   Vendo a condição da escola pública os pais (que podem) procuram colocar seus  filhos  nas  escolas  particulares,  devido  a  desvalorização  da  educação pública  que  é  intencional,  e  organizada  por  essa  escória  de  políticos que buscam privilegiar seus amiguinhos donos de escolas privadas.
  Essa falta de transparência e descaso com o ensino público, evidência que o capitalismo  não  é  capaz  de  educar  nossas  crianças  para  viver  em  uma democracia  operária.  A  ATUAL  EDUCAÇÃO  APENAS  MOLDA  OS  JOVENS PARA O TRABALHO QUASE ESCRAVO.
   Apenas  numa  sociedade  sob  poder  dos  trabalhadores  podemos  suprimir essas  disputas,  criando  uma  educação  emancipadora,  onde  o  ser  humano possa aprender a ser livre, não só individualmente, mas socialmente.
  Com os meios de produção sendo de todos juntamente com uma educação gratuita,  digna  e  dirigida  pelos  trabalhadores  poderemos  pensar  em  uma sociedade  melhor.  Quando  o  interesse  privado  sobrepõe  o  público,  lutar  se torna obrigação, com isso as greves são uma necessidade.
  Por isso viemos aqui, falar a você trabalhador, que apoiamos não só a greve dos  profissionais  da  educação  (organizada  pelo  SEPE),  mas  toda  greve de
trabalhadores, toda reivindicação por um estado mais justo ou por um estado menos  prejudicial  ao  trabalhador.  Sabemos  que  a  solução  está  num estado que pertença as trabalhadores.
   O povo unido é forte e juntos podemos mudar o que está vigente, ergamos os punhos e lutemos, por um mundo melhor por uma educação que não seja elitista e sim à favor do povo, o socialismo é a total emancipação da educação e do educador. É GRAVE É GREVE!

"Quando a educação não é libertadora...o sonho do oprimido é ser opressor" Paulo Freire

terça-feira, 14 de outubro de 2014

A homofobia é tão abominável quanto o nazismo

    Na sociedade capitalista é importante que os trabalhadorxs se organizem para lutar em favor de seus direitos. Mas os inimigos da classe trabalhadora procuram de qualquer forma desmobilizá-la. Uma ferramenta muito utilizada pela burguesia é o preconceito. Devido o preconceito racial, de gênero, etnia e atualmente muito em evidencia o preconceito em relação a homossexualidade tem criado incitações de ódio para desmobilizar os trabalhadorxs.
   No ultimo debate houve declarações homofóbicas, de forma a excluir as minorias, de inferiorizá-las, chegando imbecilidade de comparar os LGBTTs à doentes e pedófilos. Não podemos tolerar nenhum discurso que busque segregar qualquer tipo de minoria, pois essa atitude incita ao ódio e com isso muitos LGBTTs acabam morrendo vítimas de agressão homofóbica. No nazismo, houve a incitação contra os judeus e deu no que deu. Além do fato que qualquer um tem a liberdade individual de escolher se relacionar com quiser, não podemos interferir na sexualidade do outro. Não podemos agir de forma autoritária querendo ter direitos sobre o corpo de outrem.
   A partir desse manifesto queremos expressar nosso total apoio a luta dos trabalhadorxs LGBTT, e repudiamos as palavras de qualquer candidato das eleições 2014 que venha a se pronunciar contra os direitos dos LGBTTs.
   Não temos a ilusão que na sociedade capitalista e na democracia burguesa os preconceitos serão resolvidos, pois este sistema degradado e degradante se alimenta da individualidade e desmobilização da classe trabalhadorxs, por isso convocamos você a junto conosco lutar contra essas atrocidades desse mundo, e construir um mundo novo, onde o pilar não seja a disputa o ódio ou o medo, e sim a solidariedade, com total supressão dos meios de produção, onde todo o poder seja dos trabalhadorxs, defendemos também a emancipação das mulheres, o fim do preconceito racial, queremos um mundo onde os pilares da sociedade sejam o bem e a solidariedade não esse sistema neoliberal onde o pilar é a disputa.

"Por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres" Rosa Luxemburgo

Nossas barricadas

  Materializando ideias novas, ouvindo um Chico renovando meu espírito de luta, adaptado ao mundo que vivo, não mais. Estereótipos de beleza e padrões de marca já não mais fazem efeito sobre mim, penso intensamente em o que sou nesse sistema se não um leve objeto mercantil (sim, mercantil) e um objeto dos próprios objetos não tem direito a não ser fazer o que foram comprados para fazer, e onde nos enquadramos nesse parâmetro? Simples, como meros objetos, somos dominados pela classe que detém os meios de produção, sendo um objeto por nossa vez, temos duas escolhas, ou vivemos ao mercê da miséria maior, ou vendemos nossas vidas a prazo para quem interesse a compra. Esse sistema que faz você esquecer os sonhos de juventude, que te tira simples amores por não poder se deslocar do padrão de normalidade burguês, um mistério é como seus amigos somem, opção? Talvez seja apenas a necessidade de trabalho e que os tempos não batam para que possa haver encontros, quantas mentiras são contadas para que possamos manter nossa mascara nesse sistema? Quando olhamos ao espelho nem nós mesmos nos reconhecemos. Quem somos nós dentro de nós? Se é que isso importa para a sociedade, pelo o contrario! O sistema tenta lhe impor que você não é nada por dentro e que por fora deve ser moldado por ele.
  O tempo foge da luta ou a luta foge do tempo? Difícil de pensar fica a reflexão, temos medo de morrer ou de não sermos notados dentro desse sistema falido? Ou talvez apenas tenhamos medo de morrer sem sermos notados no sistema. Igualdade é uma palavra difícil para os filhotes viúvos da ditadura em todos os sentidos, imaginem os negrxs frequentando nossas universidades? As mulheres tendo autonomia para decidirem o que querem para elas, os jovens se unindo em peso, sim jovens porque os mais velhos são jovens mais experientes, com mais vivencia, devemos por obrigação retirar o status de ‘velhos’, nos unimos e afetamos o sistema, a ponto de acordarmos em 1964 com prisões arbitrarias, mas convenhamos companheirxs a quem incomodou nossa voz? Será que tiramos nossas etiquetas ou fomos objetos devolvidos pelo sistema? E junto reivindicamos nosso direito principal, aquele que jamais ofuscaremos. O de ser LIVRE, liberdade a não ser de mercado, incomoda os burgueses. Imagina se deixarmos de produzir material de venda para outros objetos do sistema para observamos o canto dos pássaros?  Incoerência seria se dissermos a palavra felicidade no sistema, mais uma pequena observação, essa palavra existe de fato ou agora também está a venda?  Fica a duvida, se eles querem nos tirar os mínimos e pequenos detalhes que tem valor enorme para nós, a felicidade fica a mercê do capital, e hoje é vendida, como notebooks, celulares super tecnológicos e TVs curvas em 3D. Por isso devemos mais do que erguer os punhos a luta, por as mãos a massa e erguer nossas barricadas, barricadas de resistência, barricadas que dizem NÃO, NÃO MAIS. Queremos espaço, é a nossa vez! A barricada não só nós prepara para uma defesa em caso de combate, mas uma barricada lotada de amor, carinho e que os pequenos gestos fraternos de solidariedade ali façam que a felicidade volte, essa barricada na nossa vida já está sendo construída, diariamente, ela que retirou nossos rótulos e ganâncias desnecessários, nos deu um ambicioso desejo de esperança por um mundo melhor, o nome dessa barricada, é nossa MILITANCIA. E quando se milita por um mundo melhor quebrando todos os rótulos e passando por todos os desafios do capitalismo, temos sim motivos de erguer a voz e dizer, sim, somos felizes, vivemos bem! E não, não queremos entrar nesse sistema que deteriora milhões de vidas, obrigado. Construiremos o novo, e o novo já nasce através de nós caros amigos!

domingo, 3 de agosto de 2014

Sobre o Maoismo.

NA FAMÍLIA Mao Tse Tung foi um revolucionário chinês que nasceu no dia 26 de dezembro de 1893. Era filho de agricultor. Com seis anos começou a trabalhar. Com oito anos começou a frequentar a escola. Nessa época Mao gostava de ler livros de história de amor e de revolta de camponeses, etc. Esses livros eram proibidos na China. Mao vivia um conflito com seu pai. Ele queria que seu filho estudasse para administrar os bens da família. Queria ficar rico. Mao reagia contra a imposição do pai e tinha o apoio da mãe. A ESCOLA, O TRABALHO E A LUTA Quando Mao começou a estudar na escola secundária ele fundou uma Associação dos Estudantes do Povo. O objetivo da Associação era combater as drogas, prostituição, o jogo de azar, a bebida alcoólica e a corrupção. Ainda jovem Mao ajudou a organizar uma luta contra os japoneses que exploravam a China. O Governo do Estado (província) reprimiu a manifestação e ameaçou mandar matar Mao Tse Tung. Mao escreveu um Manifesto, colheu assinatura e foi entregar ao governo federal. Através de alguns de seus professores Mao teve acesso à literatura Marxista. Principalmente quando trabalhou na Biblioteca da Universidade. Além de estudante, Mao trabalhou de bibliotecário, como professor e diretor de uma escola. Trabalhou também em uma lavanderia lavando e entregando roupas. OPÇÃO PELA LUTA REVOLUCIONÁRIA Em 1921, Mao participou da fundação do Partido Comunista da China (PCC), um partido do tipo Leninista. Do Congresso participaram 13 revolucionários representando 57 grupos com 123 membros. Mao organizou vários sindicatos e associações de operários entre os ferroviários, marinheiros, mineiros, pescadores, etc. Mesmo tendo feito esse trabalho com os operários, Mao defendia a necessidade de priorizar a organização dos camponeses como força principal da Revolução Chinesa. Fez uma pesquisa com os camponeses e escreveu uma tese sobre as classes na China, mostrando quem são os amigos e quem são os inimigos do povo. No 2° Congresso do PCC, em 1922, Mao não participou. Perdeu o endereço. O local era clandestino. No 3° Congresso, em 1923, Mao participou e foi escolhido para fazer parte do Comitê Central do Partido. DUAS ORIENTAÇÕES PARA O MESMO PARTIDO O PCC era ligado a 3ª Internacional Comunista fundada por Lênin. Depois' que Lênin morreu, em janeiro de 1924, a Internacional começou ter outra orientação. A orientação da Internacional era para que o PC Chinês priorizasse a classe operária e fizesse aliança com o Partido Nacionalista da China. Essa orientação ia contra a tese de Mao que priorizava os camponeses. Porém, como ele era minoria, aceitou a decisão. Assumiu uma Escola de Formação Política para camponeses criada pelo Partido Nacionalista. Aproveitou desse espaço para formar e organizar os camponeses de sua região sob sua influência e não dos nacionalistas. Em 1927, os operários de Xangai e outras grandes cidades iniciam uma greve contra as empresas estrangeiras e contra o Governo. A nova direção do Partido Nacionalista composta de militares reacionários desencadeia uma repressão violenta contra os operários e seus líderes comunistas. Mao é orientado pelo Comitê Central do PC para iniciar um levante em sua região a partir das organizações que foram criadas junto aos camponeses. Também foram massacradas. A partir dessa experiência desastrosa, Mao reforçou sua tese de que na China a luta tinha que ser diferente do que foi na Rússia. Na China a prioridade tinha que ser os camponeses e não os operários. A luta tinha que ser através de uma Guerra Popular Prolongada. Isso a partir de uma Base Organizada em uma área rural onde os camponeses já fossem fazendo a experiência de Poder Soviético (Popular). A partir dessas bases rurais é que se cercariam as cidades para tomar o Poder. Isso era diferente da Estratégia da Revolução Russa de Lênin, que era a tomada do Poder Político a partir da Insurreição das cidades e depois é que foi para o campo. O que Mao chamava de Governo Soviético, era diferente do Soviets Russo. Na Rússia os Soviéts (Conselhos) eram organizações políticas formadas por representes (delegados) eleitos pelos operários, camponeses e soldados. A proposta de Mao era uma organização econômica, política e militar fixa em uma área. Por causa dessas ideias de Mao, ele é destituído do Comitê Central do PCC. SURGE A PRIMEIRA COMUNA POPULAR No final de 1927 e início de 1928, Mao junto com os companheiros que sobraram da luta fracassada, iniciou a construção de uma Comunidade Popular. Escolheu uma área que ficava entre as montanhas de difícil acesso. Situava-se na região onde ele atuava. Em poucos anos a Comunidade se expandiu para uma região de 20 mil quilômetros com 3 milhões de habitantes. Além da Reforma Agrária, foi criado um hospital na área. Foi também construída uma fábrica de roupas. Havia um imposto pago ao Governo da Comunidade. No aspecto político, foi formado um Conselho (Soviets) Popular para administrar a Comuna. No Setor Militar foi organizado o Exército Vermelho (nome também influenciado pela Rússia). Mais tarde passou a se chamar Exército de Libertação Popular (ELP). A tarefa principal do Exército Vermelho era defender a Comuna Popular. O Comitê Central do PCC continuava a orientar para o Exército Vermelho atacar as cidades e tomar o Poder. Mao e o PC local defendiam que a prioridade era defender a área conquistada para fortalecer a Base. No aspecto ideológico foi criada uma série de normas e orientações no sentido de respeito e solidariedade dos guerrilheiros com o povo e com os prisioneiros das tropas inimigas. Até os bandidos que moravam na região, foram organizados para não fazer maldades ao povo e ajudar a defender a Comuna Popular. Embora, depois, tenham voltado ao banditismo e acabaram sendo executados pelo povo. Em todos os setores era praticada a Democracia Popular. Lançavam-se orientações (palavras de ordem) e, a partir da prática, ia-se criando as normas que viravam leis na Comunidade. Ninguém tinha privilégios por ser dirigente comandante ou administrador. Tudo isso era o contrário de tudo o que havia na China. Em 1930, os dirigentes do PCC começam a reconhecer os acertos da Estratégia de Mao. Ele é restituído ao Comitê Central, função que havia perdido devido suas posições políticas contrárias às orientações do Comitê Central. A partir dessa Comuna, outras vão surgindo. Em 1931, realiza-se o 10 Congresso das Comunas Populares com 610 delegados. Mao é eleito seu presidente. ROMPENDO O CERCO Diante do avanço das Comunas Populares, o Exército do Governo dos ricos da China tenta destruí-las por meio de cerco à região, ataques cada vez mais seguidos e com maior número de soldados e bloqueio econômico. O Exército Vermelho resiste heroicamente. Porém, em 1934, no 20 Congresso das Comunas Populares, decide-se se retirar estrategicamente da região. Com, 100 mil pessoas, entre soldados, mulheres e crianças, no dia 16 de outubro de 1934, tem início a Longa Marcha. Para romper o cerco das tropas inimigas, organizaram-se as Brigadas Suicidas. Enquanto as Brigadas entregavam suas vidas enfrentando de cara as forças inimigas, as Colunas iam rompendo o cerco. Só dois dias depois é que as tropas inimigas perceberam que o Exército Vermelho tinha saído da área com 100 mil pessoas. A LONGA MARCHA Enfrentando as tropas nacionalistas e todo o tipo de dificuldades como fome, doença, frio e calor, a Longa Marcha caminhou 10 mil quilômetros, atravessaram 24 rios. Depois de caminhar durante um ano, chegou ao seu destino no noroeste do país. Das 100 mil pessoas que iniciaram a Marcha, só 20 mil chegaram ao destino. A maioria morreu ou ficou para trás. Alguns ficaram com a tarefa de organizar o povo nos locais onde passaram. A NOVA COMUNA POPULAR Chegando a Yanam foi organizada outra Comuna Popular. Agora com uma população de 50 milhões de habitantes. Organizou-se a economia, a política e a ideologia. O Exército Vermelho passou a se chamar Exército de Libertação Popular (ELP). Foi criada uma Universidade Popular. Além da adesão do povo da região, grupos de fora, inclusive das cidades, vinham viver na Comuna. A região virou um exemplo do que seria a China depois de libertada. Mao casou-se pela 4ª vez. A primeira mulher ele nunca assumiu porque foi imposição do seu pai. A segunda foi executada pelos inimigos junto com a irmã de Mao. A terceira foi ferida na Longa Marcha e acabou morrendo em um hospital na Rússia. A quarta viveu com ele até o fim de sua vida. Mao perdeu também alguns filhos na guerra. A INVASÃO JAPONESA Por ocasião da 2ª Guerra Mundial o Japão invadiu a China. O Exército de Libertação Popular e o PCC dirigido por Mao fizeram uma aliança com o Exército Nacionalista do Partido Nacionalista, dirigido por Chang Kai-Shek. Vencida a guerra contra o Japão, reinicia a Guerra Popular entre os dois exércitos da China. No dia 1º de outubro de 1949, Mao Tse Tung a frente do PCC e do ELP, reunidos na praça de Pequim, capital do país, proclamou a República Popular da China com a seguinte frase: "O POVO CHINÊS JAMAIS SERIA ESCRAVO!" Mao governou a China até 1976, quando morreu, no dia 9 de setembro, com 83 anos de idade. MAO NO GOVERNO Durante os 25 anos que Mao governou a China, procurou desenvolver uma política diferente da desenvolvida na Rússia. No lugar da economia, Mao priorizava a ideologia. Segundo ele a ideologia devia comandar a economia. Assim, como durante a Guerra Popular Prolongada o soldado era mais importante do que as armas. Agora, também na luta pelo desenvolvimento econômico e social, o trabalhador devia ser mais importante do que a máquina. A motivação ideológica deveria ser mais forte do que o interesse material. As Comunas Populares, iniciadas a partir do interior, onde a terra, indústria, comércio e serviço social, etc., deviam ser coletivos, seriam a base da China Socialista. Na política, a PARTICIPAÇÃO DIRETA DAS MASSAS, através de suas organizações populares nos locais de trabalho, moradia e de estudo, era a base da Democracia Popular. A pesquisa e as pequenas experiências eram a base para as orientações formuladas pela direção. Devolvidas para o povo, a massa assumia como suas e as transformava em uma força poderosa. Era o MÉTODO LINHA DE MASSAS. Para evitar a burocratização dos dirigentes, em 1966, Mao lançou a Revolução Cultural Proletária. Era um meio de as massas, principalmente a juventude, poder criticar e até destituir seus dirigentes burocratizados nas fábricas, escolas, órgãos do governo, etc. Segundo Mao, mesmo no Socialismo a luta de classes continua. Inclusive dentro do Partido, onde haveria duas linhas em luta. Uma para fazer avançar o Socialismo e outra tentando restaurar o capitalismo. Porém, as contradições no meio do povo não são antagônicas, por isso a solução é buscada pela persuasão (diálogo, debate) e não pela pressão autoritária. A violência só se justifica contra os inimigos do povo. Em 1962, a China rompe as relações com a União Soviética. Aquele país, além do autoritarismo do governo socialista da época de Stálin (substituto de Lênin), com a morte de Stálin, em 1953, o novo governo soviético descambou para o reformismo, abandonando o Marxismo- Leninismo. Assim, a Revolução Chinesa passou a ser uma referência para os revolucionários do resto do mundo. Com a morte de Mao, a linha mais economicista do PCC passou a predominar no Governo da China, e é quem governa até hoje. Apesar disso, a China continua com um Partido Leninista e está se tomando a maior potência econômica do mundo. Enquanto que, na União Soviética, há mais de 20 anos acabou tudo o que foi conquistado com o socialismo. Retomou ao capitalismo depois que seus dirigentes foram corrompidos. QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DO MAOÍSMO OU O QUE O MAO ACRESCENTOU AO MARXISMO-LENINISMO? Mao, como o Lênin, não usou o Marxismo como uma receita para fazer um bolo. Pelo contrário, com a ciência Marxista (Materialismo Dialético, Materialismo Histórico e o Socialismo Científico) Mao estudou profundamente a realidade do povo chinês, sua história, sua economia, suas tradições política, ideológica e militar. A partir disso, formulou uma Estratégia para a Revolução Chinesa. O primeiro acréscimo que Mao fez ao Marxismo foi a questão da ideologia. Antes era vista mais como teoria. A ideologia como sentimento, emoção, símbolos, costumes, representações, etc., era vista só no aspecto negativo. Por exemplo: a religião era vista apenas como ópio (droga) do povo. Com Mao, a ideologia não fica só no aspecto da teoria, passa a absorver os sentimentos também. Como consequência desse novo conceito de ideologia, surge o Método Linha de Massas. O que é esse Método? Se Lênin dizia que precisava fazer a fusão da teoria socialista com a luta de classes, porque essa teoria vem de fora, elaborada pelos intelectuais. Mao afirmava que ANTES DE ENSINAR AO POVO DEVEMOS APRENDER COM ELE. Por isso devemos sempre PARTIR DO NÍVEL DO POVO. Como fazemos para tirar água do poço. Para isso o melhor instrumento é a PESQUISA. Pesquisar, Arrumar e Devolver para o povo, para ele por em prática. Para agir assim o militante deve VIVER NO MEIO DO POVO COMO PEIXE DENTRO D'ÁGUA. Se sair morre. Em nossas áreas nós aplicamos o método linha de massas? Dê exemplo Outro acréscimo que Mao fez ao Marxismo-Leninismo é a Estratégia de CRIAR O PODER ANTES DE TOMAR O PODER. Ou seja, criar as Comunas Populares aonde o povo já vai fazendo sua experiência junto com seu Partido e seu Exército. As Comunas Populares são diferentes dos Soviets (Conselhos) criados na Rússia, nas vésperas da Revolução Socialista. Os Soviets eram mais organizações políticas, como já vimos. Enquanto que as Comunas Populares eram Comunidades econômicas, sociais, política e militar. A Comuna atingia um determinado território onde era governado e administrado de forma autônoma do Poder Central dos ricos. Elas serviam de base econômica e política do Exército de Libertação Popular. Pois segundo Mao a Guerra' Popular seria Prolongada.

As três fontes e as três partes constitutivas do marxismo

A doutrina de Marx suscita em todo o mundo civilizado a maior hostilidade e o maior ódio de toda a ciência burguesa (tanto a oficial como a liberal), que vê no marxismo um a espécie de "seita perniciosa". E não se pode esperar outra atitude, pois, numa sociedade baseada na luta de classes não pode haver ciência social "imparcial". De uma forma ou de outra, toda a ciência oficial e liberal defende a escravidão assalariada, enquanto o marxismo declarou uma guerra implacável a essa escravidão. Esperar que a ciência fosse imparcial numa sociedade de escravidão assalariada seria uma ingenuidade tão pueril como esperar que os fabricantes sejam imparciais quanto à questão da conveniência de aumentar os salários dos operários diminuindo os lucros do capital. Mas não é tudo. A história da filosofia e a história da ciência social ensinam com toda a clareza que no marxismo não há nada que se assemelhe ao "sectarismo", no sentida de uma doutrina fechada em si mesma, petrificada, surgida à margem da estrada real do desenvolvimento da civilização mundial. Pelo contrário, o gênio de Marx reside precisamente em ter dado respostas às questões que o pensamento avançado da humanidade tinha já colocado. A sua doutrina surgiu como a continuação direta e imediata das doutrinas dos representantes mais eminentes da filosofia, da economia política e do socialismo. A doutrina de Marx é onipotente porque é exata. É completa e harmoniosa, dando aos homens uma concepção, integral do mundo, inconciliável com toda a supertição, com toda a reação, com toda a defesa da opressão burguesa. O marxismo é o sucessor legítimo do que de melhor criou a humanidade no século XIX: a filosofia alemã, a economia política inglesa e o socialismo francês. Vamos deter-nos brevemente nestas três fontes do marxismo, que são, ao mesmo tempo, as suas três partes constitutivas. I A filosofia do marxismo é o materialismo. Ao longo de toda a história moderna da Europa, e especialmente em fins do século XVIII, em França, onde se travou a batalha decisiva contra todas as velharias medievais, contra o feudalismo nas instituições e nas idéias, o materialismo mostrou ser a única filosofia conseqüente, fiel a todos os ensinamentos das ciências naturais, hostil à supertição, à beatice, etc. Por isso, os inimigos da democracia tentavam com todas as suas forças "refutar", desacreditar e caluniar o materialismo e defendiam as diversas formas do idealismo filosófico, que se reduz sempre, de um modo ou de outro, à defesa ou ao apoio da religião. Marx e Engels defenderam resolutamente o materialismo filosófico, e explicaram repetidas vezes quão profundamente errado era tudo quanto fosse desviar-se dele. Onde as suas opiniões aparecem expostas com maior clareza e pormenor é nas obras de Engels Ludwig Feuerbach e Anti-Dübring, as quais - da mesma forma que o Manifesto Comunista - são os livros de cabeceira de todo o operário consciente. Marx não se limitou, porém, ao materialismo do século XVIII; pelo contrário, levou mais longe a filosofia. Enriqueceu-a com as aquisições da filosofia clássica alemã, sobretudo do sistema de Hegel, o qual conduzira por sua vez ao materialismo de Feuerbach. A principal dessas aquisições foi a dialética, isto é, a doutrina do desenvolvimento na sua forma mais completa, mais profunda e mais isenta de unilateralidade, a doutrina da relatividade do conhecimento humano, que nos dá um reflexo da matéria em constante desenvolvimento. As descobertas mais recentes das ciências naturais - o rádio, os elétrons, a transformação dos elementos - confirmaram de maneira admirável o materialismo dialético de Marx, a despeito das doutrinas dos filósofos burgueses, com os seus "novos" regressos ao velho e podre idealismo. Aprofundando e desenvolvendo o materialismo filosófico, Marx levou-o até ao fim e estendeu-o do conhecimento da natureza até o conhecimento dasociedade humana. O materialismo histórico de Marx é uma conquisto formidável do pensamento científico. Ao caos e à arbitrariedade que até então imperavam nas concepções da história e da política, sucedeu uma teoria científica notavelmente integral e harmoniosa, que mostra como, em conseqüência do crescimento das forças produtivas, desenvolve-se de uma forma de vida social uma outra mais elevada, como, por exemplo, o capitalismo nasce do feudalismo. Assim, como o conhecimento do homem reflete a natureza que existe independentemente dele, isto é, a matéria em desenvolvimento, também o conhecimento social do homem (ou seja: as diversas opiniões e doutrinas filosóficas, religiosas, políticas, etc.) reflete o regime econômico da sociedade. As instituições políticas são a superestrutura que se ergue sobre a base econômica. Assim, vemos, por exemplo, como as diversas formas políticas dos Estados europeus modernos servem para reforçar a dominação da burguesia sobre o proletariado. A filosofia de Marx é o materialismo filosófico acabado, que deu à humanidade, à classe operaria sobretudo, poderosos instrumentos de conhecimento. II Depois de ter verificado que o regime econômico constitui a base sobre a qual se ergue a superestrutura política, Marx dedicou-se principalmente ao estudo deste regime econômico. A obra principal de Marx, O Capital, é dedicada ao estudo do regime econômico da sociedade moderna, isto é, da sociedade capitalista. A economia política clássica anterior a Marx tinha-se formado na Inglaterra, o país capitalista mais desenvolvido. Adam Smith e David Ricardo lançaram nas suas investigações do regime econômico os fundamentos da teoria do valor-trabalho. Marx continuou sua obra. Fundamentou com toda precisão e desenvolveu de forma conseqüente aquela teoria. Mostrou que o valor de qualquer mercadoria é determinado pela quantidade de tempo de trabalho socialmente necessário investido na sua produção. Onde os economistas burgueses viam relações entre objetos (troca de umas mercadorias por outras), Marx descobriu relações entre pessoas. A troca de mercadorias exprime a ligação que se estabelece, por meio do mercado, entre os diferentes produtores. O dinheiro indica que esta ligação se torna cada vez mais estreita, unindo indissoluvelmente num todo a vida econômica dos diferentes produtores. O capital significa um maior desenvolvimento desta ligação: a força de trabalho do homem torna-se uma mercadoria. O operário assalariado vende a sua força de trabalho ao proprietário de terra, das fábricas, dos instrumentos de trabalho. O operário emprega uma parte do dia de trabalho para cobrir o custo do seu sustento e de sua família (salário); durante a outra parte do dia, trabalha gratuitamente, criando para o capitalista a mais-valia, fonte dos lucros, fonte da riqueza da classe capitalista. A teoria da mais-valia constitui a pedra angular da teoria econômica de Marx. O capital, criado pelo trabalho do operário, oprime o operário, arruína o pequeno patrão e cria um exercito de desempregados. Na indústria, é imediatamente visível o triunfo da grande produção; mas também na agricultura deparamos com o mesmo fenômeno: aumenta a superioridade da grande exploração agrícola capitalista, cresce o emprego de maquinaria, a propriedade camponesa cai nas garras do capital financeiro, declina e arruína-se sob o peso da técnica atrasada. Na agricultura, o declínio da pequena produção reveste-se de outras formas, mais esse declínio é um fato indiscutível. Esmagando a pequena produção, o capital faz aumentar a produtividade do trabalho e cria uma situação de monopólio para os consórcios dos grandes capitalistas. A própria produção vai adquirindo cada vez mais um caráter social - centenas de milhares e milhões de operários são reunidos num organismo econômico coordenado - enquanto um punhado de capitalistas se apropria do produto do trabalho comum. Crescem a anarquia da produção, as crises, a corrida louca aos mercados, a escassez de meios de subsistência para as massas da população. Ao fazer aumentar a dependência dos operários relativamente ao capital, o regime capitalista cria a grande força do trabalho unido. Marx traçou o desenvolvimento do capitalismo desde os primeiros germes da economia mercantil, desde a troca simples, até às suas formas superiores, até à grande produção. E de ano para ano a experiência de todos os países capitalistas, tanto os velhos como os novos, faz ver claramente a um numero cada vez maior de operários a justeza desta doutrina de Marx. O capitalismo venceu no mundo inteiro, mas, esta vitória não é mais do que o prelúdio do triunfo do trabalho sobre o capital. III Quando o regime feudal foi derrubado e a "livre" sociedade capitalista viu a luz do dia, tornou-se imediatamente claro que essa liberdade representava um novo sistema de opressão e exploração dos trabalhadores. Como reflexo dessa opressão e como protesto contra ela, começaram imediatamente a surgir diversas doutrinas socialista. Mas, o socialismo primitivo era um socialismo utópico. Criticava a sociedade capitalista, condenava-a, amaldiçoava-a, sonhava com a sua destruição, fantasiava sobre um regime melhor, queria convencer os ricos da imoralidade da exploração. Mas, o socialismo utópico não podia indicar uma saída real. Não sabia explicar a natureza da escravidão assalariada no capitalismo, nem descobrir as leis do seu desenvolvimento, nem encontrar a força social capaz de se tornar a criadora da nova sociedade. Entretanto, as tempestuosas revoluções que acompanharam em toda a Europa, e especialmente em França, a queda do feudalismo, da servidão, mostravam cada vez com maior clareza que a luta de classes era a base e a força motriz de todo o desenvolvimento. Nenhuma vitória da liberdade política sobre a classe feudal foi alcançada sem uma resistência desesperada. Nenhum país capitalista se formou sobre uma base mais ou menos livre, mais ou menos democrática, sem uma luta de morte entre as diversas classes da sociedade capitalista. O gênio de Marx está em ter sido o primeiro a ter sabido deduzir daí a conclusão implícita na história universal e em tê-la aplicado conseqüentemente. Tal conclusão é a doutrina da luta de classes. Os homens sempre foram em política vítimas ingênuas do engano dos outros e do próprio e continuarão a sê-lo enquanto não aprendem a descobrir por trás de todas as frases, declarações e promessas morais, religiosas, políticas e sociais, os interesses de uma ou de outra classe. Os partidários de reformas e melhoramentos ver-se-ão sempre enganados pelos defensores do velho, enquanto não compreenderem que toda a instituição velha, por mais bárbara e apodrecida que pareça, se mantém pela força de umas ou de outras classes dominantes. E para vencer a resistência dessas classes só há um meio: encontrar na própria sociedade que nos rodeia, educar e organizar para a luta, os elementos que possam - e, pela sua situação social, devam - formar a força capaz de varrer o velho e criar o novo. Só o materialismo filosófico de Marx indicou ao proletariado a saída da escravidão espiritual em que vegetaram até hoje todas as classes oprimidas. Só a teoria econômica de Marx explicou a situação real do proletariado no conjunto do regime capitalista. No mundo inteiro, da América ao Japão e da Suécia à África do Sul, multiplicam-se as organizações independentes do proletariado. Este se educa e instrui-se travando a sua luta de classe; liberta-se dos preconceitos da sociedade burguesa, adquire uma coesão cada vez maior, aprende a medir o alcance dos seus êxitos, temperam as suas forças e cresce irresistivelmente. Vladimir Lenin

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Sobre o feminismo

Distante das pessoas, dos trabalhadorxs, a palavra feminista é, na maioria das vezes, desconhecida ou traduzida como uma infantil rebeldia das mulheres, loucura, utopia ou até mesmo ditadura sexista. Ao contrário da maioria, discordamos dessa visão. Queremos entender o motivo desse ponto de vista. Iniciaremos falando sobre o que significa ser feminista e quais as dificuldades de por em prática esse movimento social. O feminismo muitas vezes é considerado por grupos conservadores como o destruidor ‘da familia’, por isso, é importante começarmos um debate visando mudar essa ideia sobre o feminismo. O feminismo não é nada além da busca pela emancipação da mulher, para que ela tenha os mesmos deveres e direitos do homem, por exemplo, o direito a salários equivalentes, pois ainda hoje, num mesmo cargo a mulher recebe menos do que o homem. Outro tema contraditório é o direito sobre o corpo da mulher, que ainda hoje, considera-se o corpo da mulher um objeto. Por exemplo, na TV as mulheres seminuas servem como um objeto para atrair um maior público ou para vender produtos (isso é muito evidente em propagandas de cerveja e produtos de beleza). Temos que lutar com todas as forças para romper com essas ideias antiquadas e atrasadas que estão na cabeça de muitas pessoas. Devemos ter um ideal forte em busca de uma sociedade justa e com igualdade entre homens e mulheres. Nessa questão temos sim que buscar a radicalidade, pois é no radical, acreditamos, que reside a solução. Não aceitamos, de modo algum, um ser humano ser considerado menos que outro. Devemos romper radicalmente com o machismo enraizado na sociedade e mudar a ordem desse Estado machista. Por isso lutar em defesa da emancipação das mulheres. Buscar uma sociedade cada vez mais livre para todxs. Essa não é uma trajetória fácil, porém, recordemos que já conseguimos vitorias na história. Licença maternidade, escolas infantis, o direito ao voto (a menos de cem anos atrás a constituição não permitia o direito à mulher de votar), etc. Ainda devemos lembrar que as lutas feministas sempre foram bandeiras defendidas por movimentos anarquistas e socialistas. Esses movimentos também contribuíram para conquistas como: redução da jornada de trabalho, direito de greves, escolas e universidades publicas, etc. E devemos seguir assim, buscando o enfrentamento com o estado atual, pois só assim conquistaremos a vitória. Mesmo que, para conquistarmos essas vitorias, tivermos várias derrotas causadas pela burocracia burguesa, não nos renderemos. Lutemos por aquelxs que deram a vida em busca de liberdade e igualdade, lutemos por nós, pela organização, emancipação e liberdade das mulheres! Por isso convidamos a todos a fazer parte dessa luta, pois lugar de mulher é na revolução, na frente da luta, não na submissão dessa sociedade patriarcal e injusta. 


ARPJ PETRÓPOLIS.

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Em resposta as entidades pelegas. A quem interessa melar a copa?

Nos últimos dias tenho visto discursos dos mais variados, um algoz se esconde por trás da pergunta de a quem interessa a copa. E a quem interessa melar a copa? 
A esquerda como um todo compactua da ideia de que melar a copa talvez seja a melhor forma de mudar os rumos do Brasil, e que o dinheiro gasto com a copa poderia ser investido em serviços públicos de qualidade, como saúde, educação e transporte. Porém lembremos que existe uma pseudo esquerda no poder, e que não está a serviço do povo, por isso os mesmos questionam a esquerda radical por querer melar a copa, taxando isso de oportunismo politico e fortalecimento da direita no Brasil.
Amigxs o que se trata é que a direita já está a frente no Brasil, vejam o PMDB no rio, ou o PSDB em são Paulo, vejam o governo PT e o posicionamento dele perante os movimentos sociais. Será que é a eles que interessa melar a copa? Será que é a JPT, UJS ou UNE?
Não meus amigxs! Esse interesse é nosso, e quando digo nós, digo você também. Ou você vai no jogo do Brasil de estreia? Ou em algum jogo de outra seleção na competição? Não, não vai. E vou te dizer, não vai porque não pode. Porque nos moldes do governo brasileiro, nós não temos lugar lá, isso mesmo nós não poderemos ir aos estádios. Mas porque não poderemos ir? Primeiro porque esses que nos criticam batem no peito ao afirmar, VAI TER COPA, não estão do nosso lado, o aliado deles é o interesse privado, é a acumulação de riquezas e a usurpação de mão de obra dos trabalhadorxs, logo o estádio na copa do mundo se tornou único e exclusivo de uma classe, e ela é a burguesia.
Então quer dizer que melar a copa é interesse de quem quer restabelecer a direita no poder? Mas a terceirização de estádios para mega empresários não é obra do governo PT? Sim, então não nos confundiremos, o PT é a direita escondida nessa discussão, e se fazendo de vitima. O pobre coitado do PT que ‘está’ ao lado dos trabalhadorxs, não botou ingressos baratos para a copa, nem ao menos pagou voluntários, mas terceirizou estádios! Arrumou patrocínios milionários, e mais, reprimiu em todos os momentos quem ousou levantar a bandeira contrario a essa façanha feita por esse medíocre governo. Assim logo vemos quem é o inimigo e o amigo do povo, o inimigo está do lado dos oportunistas (PcdoB e PT) e o amigo é quem está nas ruas, sem referir a partidos ou aos lindos levantes anarquistas no Brasil, mas aquelxs que lutam por melhorias, aqueles que lutam para que a saúde seja digna, que os transportes sejam livres, gratuitos e pertençam ao povo, não a maquina privada! Aqueles que levantam as mãos pela educação, que através de grupos de ensino popular vão as comunidades levar estudo aos que necessitam, aos que lutam por moradias para todxs que a cada ocupação bem sucedida gritam gol! E sem esquecer, a aqueles que não deixam de lado os LGBT’s e negrxs, que aparelham uma luta antissistemática e contra essa burocracia cruel que é o estado.
Todxs esses estão do nosso lado, do lado do povo e contra a copa do mundo, que é a maior armação para o interesse privado fluir de forma grotesca no Brasil, e o pior, os interesses privados ficam cada vez mais ricos, e quem paga a conta? Você.
Não caia na falácia dos pseudos movimentos sociais de esquerda, a esquerda é uma frente contra o capital e nunca trabalhará em conjunto com ele, nunca fará obras para europeu ver, e sim cuidara do seu povo, através da liberdade, igualdade e terra para todxs, e o que depende para conseguirmos melar a copa? Nos unirmos, em prol do nosso bem estar, juntos conseguiremos, por isso vamos as ruas guerreirxs, e soltemos o grito: NÃO VAI TER COPA!

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Rolezinho ARPJ pelo banco de sangue do Hospital Santa Teresa



Evento com o objetivo claro de aumentar a quantidade de doação de sangue em nossa cidade.

A mobilização que trará o sucesso dessa campanha.

Convide seus amigos sua participação é fundamental.

#doevida #doesangue

SÃO PAULO: https://www.facebook.com/events/801977709817733
RIO DE JANEIRO:https://www.facebook.com/events/693653724002740
2º Rolezinho no Hemorio: www.facebook.com/events/568001923294586

• REQUISITOS BÁSICOS PARA DOAR SANGUE

- Portar documento oficial de identidade com foto (identidade, carteira de trabalho certificado de reservista ou carteira do conselho profissional)
- Estar bem de saúde
- Ter entre 16 (*) e 68 anos (incompletos) – (*) jovens com 16 e 17 anos podem doar com autorização dos pais e / ou responsáveis legais.
- Pesar no mínimo 50 Kg
- Não estar em jejum. Evitar apenas alimentos gordurosos nas 3 horas que antecedem a doação

• ALGUMAS SITUAÇÕES QUE IMPEDEM PROVISORIAMENTE A DOAÇÃO DE SANGUE:

- Febre - acima de 37°C
- Gripe ou resfriado
- Gravidez atual (90 dias após o parto normal e de 180 dias após a cesariana)
- Amamentação (até 1 ano após o parto)
- Uso de alguns medicamentos
- Anemia
- Cirurgias
- Extração dentária 72 horas
- Tatuagem: 01 ano sem doar
- Vacinação: o tempo de impedimento varia de acordo com o tipo de vacina
- Transfusão de sangue: impedimento por 01 ano

EM TOTAL APOIO AOS MOVIMENTOS SOCIAIS DO RIO DE JANEIRO E SÃO PAULO!

Endereço: 



Rua Paulino Afonso 477Petrópolis


SÁBADO DIA 1 DE FEVEREIRO A PARTIR DE 11 HORAS

Sobre o "Rolezinho"

É claro a todos que tenham um nível mínimo de intelecto aceitável, que o preconceito está enraizado na cultura do povo brasileiro. E me sentindo um pouco audacioso para dizer, o preconceito está enraizado em toda a cultura da humanidade, e vivemos a séculos e mais séculos, talvez desde que o mundo seja mundo e o homem seja homem, em uma eterna briga para a evolução da humanidade e dissiparmos tal retrocesso.


Porém, um fato tem me chamado a atenção nesses últimos dias. Os agora famosos "rolezinhos" que ganharam toda atenção e olhares da mídia.

Mas o que realmente me fez parar para analisar o assunto e ainda mais vir a escrever tal texto sobre o mesmo, foi a reação das pessoas, ao expressarem suas opiniões e divergências sobre o "rolezinho".

O que eu vejo na maioria e chega a ser cômico, são as formas pejorativas como tratam do assunto, todos são contra e alegam a falta de segurança, medo, etc, de uma forma que tentam camuflar o que está realmente por trás de sua repudia ao evento.

Pois bem, de forma rápida e fria, vamos pensar no que é o "rolezinho".

No final de 2013, um grupo de jovens, pobres e favelados, em uma grande incidência de negros e funkeros, decidiram marcar pelo facebook, um evento aberto, que acabou por atrair centenas de jovens, também pobres e favelados, em uma grande incidência de negros e funkeros, que consistia em um "encontrão" em um shopping na grande São Paulo. O que era para ser uma tarde de lazer, encontro com os amigos, bate papo com pessoas novas, paqueras e etc, acabou culminando em uma intensa repressão por parte da segurança e polícia, o que levou ao crescimento do evento, que hoje se espalham por diversos shoppings em diversas cidades do Brasil e também aumentando o índice de repressão e a força que a ela fora empregada.

É fato claro que os Shoppings são locais para consumismo e lazer da classe burguesa. Pontos de conforto e segurança, onde pessoas, no geral com poder aquisitivo mais elevado, costumam frequentar nas horas de diversão. Mas é claro também, que a classe frequentante de tais pontos comerciais, esta acostumada a receber em seu meio pessoas de classes mais baixas e até agradecem por isso. Afinal, são eles que estão ali para fazer a segurança, concretizar a venda de produtos e mercadorias (na maioria das vezes inúteis), limpar o chão por onde pisam xs burguesxs, manterem higienizados os banheiros públicos, servirem suas mesas nas praças de alimentação, entre outras tarefas que lhes são empregadas. Mas daí a aceitar, que em seu meio de lazer, compartilhar o mesmo espaço com estas pessoas?

Então não sabem esses jovens pobres, pretos e favelados que os shoppings são locais destinados apenas aos representantes das altas classes sociais, seus familiares e amigos? Não sabem, então, esses jovens pobres, pretos e favelados que a eles, a diversão que lhes foi concedida, o seu espaço e seus mundos, referem-se apenas as pequenas praças, quadras velhas e destruídas pelo tempo e as ruas das próprias favelas e morros onde moram? Que ilusão pensar que pessoas de classes menos elevadas, possuem realmente direito a lazer, além da pelada (futebol) de rua, a música sem qualidade e as rodinhas de conversa com pessoas do mesmo nível cultural.

Pobre então não tem a liberdade de ir e vir onde quiser?

Não! E graças ao bom deus, o mesmo que muitxs desses burguesxs são tementes, que existe uma grande arma de repressão no poder daqueles que possuem quantidades significativas de dinheiro, a policia. Sempre ágil e obstinada em utilizar-se da força bruta para escorraçar aqueles seres inferiores (pobres, pretos e favelados), que ousaram a penetrar o santuário dos brancos, ricos e moradores de bairros nobres, mostrando a eles qual seu verdadeiro lugar e papel nesta vida.

Daí por diante, a questão se torna muito mais complexa do que um simples "rolezinho" entre amigos.

Estamos falando de política, de humanidade, de repressão e de revolta. Quando um pobre, preto e favelado, não se conforma com a mendigaria que lhe sobra, dada a todo custo pelas classes "superiores", e resolve enxergar que é seu direito estar em qualquer local público, seja ele destinado a que classe for e divertir-se da maneira que achar mais saudável e agradável, mesmo que esta não seja a esperada a ele.

E de repente a mídia explode em suas belas palavras preferidas para se referir aqueles que se opões a esse sistema absurdo, que massacra, discrimina, humilha, expulsa e marginaliza: Vândalos, baderneiros, terroristas, bandidos, arruaceiros. E não se importa que de fato, aqueles jovens apenas queriam estar naquele lugar, se divertindo como acham mais agradável, utilizando-se do espaço destinado ao lazer dxs burguesxs para seu próprio lazer. Fugir de suas, muitas vezes duras, realidades, para viver um dia de sonho, onde eles também fazem parte dessa alta sociedade.

Sendo assim, podemos concluir que o tal do "rolezinho" é um grito por lazer de jovens que são esquecidos pela sociedade. Lembrados apenas quando a taça ficou vazia e é necessário que o garçom lhe traga mais um pouco de bebida ou quando os burguesxs se deparam com sujeira e necessitam de alguém para limpar.

Agora, ameaçados em seus mundinhos perfeitos, aqueles que vivem em classes mais elevadas, temem atos de vandalismo, roubo e baderna por parte desses jovens subalternos.

Pois é, vandalismo não pode, mas chamar a polícia para expulsar jovens de um determinado lugar só por que estes jovens são pobres pretos e favelados pode?

Roubar um produto é proibido, claro. Mas espancar jovens que nada de mau estão a fazer, roubar-lhes a dignidade, a humanidade, oprimi-los, marginaliza-los e escorraça-los é direito concedido para aqueles que muito tem e para os homens da lei.

E se houve realmente algum roubo, quem é que rouba mais de quem no final das contas?

Estamos falando de vidas, seres humanos, que pouco ou nenhum direito podem possuir. Pessoas que muitas vezes são privadas de sonhar e ainda mais privadas de concretizarem seus sonhos. Pessoas que vivem com o constante desejo consumista, normal do ser humano, e que poucas vezes poderão concretiza-los, devido a falta de oportunidades que tal sistema lhes oferece, mantendo-os na vida que desde sempre foram destinados, para que outros achem mais graça em suas próprias vidas repletas de luxos e realizações.

Então que haja realmente para essas pessoas, um pouco mais de justiça e direitos nos seus ditos "rolezinhos". Que tenham o direito de estarem onde desejam estar e que lhes seja concedido o real direito de ir e vir de qualquer lugar que almejam.

E se a baderna, o caos e o vandalismo imperarem nesses momentos, que sejam aplaudidos por demonstrarem indignação ao estilo de vida que foram obrigados a viver.

Não é vandalismo, é fúria!

E para os jovens que comparecerão aos próximos rolezinhos, têm meu respeito, apoio e admiração, pois estamos juntos na construção de um mundo melhor, mais justo e que de maneira nenhuma discrimine pessoas por sua condição financeira, cor ou moradia.

Todos unidos e sempre iguais!
Força Guerreirxs!