quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Implicações do neoliberalismo e da teoria do capital humano na política educacional brasileira

  O texto¹ trás consigo uma resposta à questão sobre a crise instaurada no sec XX e qual sua influencia na educação brasileira, que por hora ia de mal a pior. O texto escrito em 2009 aponta um dado até então desconhecido por alguns leitores. Afirmando com base nos dados da ONU e FAO que mais de 1 bilhão de pessoas no mundo sofreram de subnutrição. Ou seja, 1/6 da população tinha bem menos que o necessário para uma alimentação básica. Consequências de um sistema capitalista em declínio desde meados do século passado.
Outro dado de relevante importância é que 44 milhões de pessoas no Brasil eram vulneráveis à fome e o numero de pessoas que viviam abaixo da pobreza era de 32,9 milhões. Obs.: Isso porque "conseguimos" erradicar a fome no Brasil, como nossos candidatos afirmam com veemência. O Brasil apresenta um dos piores índices educacionais do mundo perdendo apenas para o Haiti, mesmo com o declínio do nº de analfabetos, esse índice ainda está longe da satisfação em relação aos países desenvolvidos. Com base nesses dados pode - se afirmar que nossas crianças e jovens são submetidos a um processo de escolarização que não favorece ao desenvolvimento, a potencializar o aluno como indivíduo. Pelo contrário, a conjuntura educacional tem contribuído para o empobrecimento cultural e social.
  A educação básica está fraca em conteúdos e significados, acelerando cada vez mais o "aprendizado" e alienando - o. Já a Educação Superior carece de boas formas de ensino uma vez que a um grande investimento em instituições privadas. Ou seja, por isso ouvimos de nossos professores, a frase "você está aqui porque quer", quando na verdade estamos nas faculdades com graves deficiências porque nosso governo não tem a decência de prover melhores faculdades públicas e que tenha o acesso por parte de todo e qualquer cidadão. Então acabamos sendo obrigados a estudar matérias que não nos fazem ir adiante, apenas nos estagnando e conservando os moldes de uma doutrina católica.
  Grandes estudiosos afirmam que esse sistema capitalista inserido em nossa sociedade, faz com que o sistema de ensino passe aos alunos o sentimento de capital humano. Ou seja, o homem terá valor na sociedade, se seu capital de "conhecimento" for condizente com que o sistema espera. Então agregamos valores a determinadas disciplinas e desmerecemos outras que por ventura são tão importantes quanto. Mas como vivemos no sistema onde a falácia da meritocracia foi implantada de forma a alienar para convencer o cidadão.
  Assim o formando que estudou 10 anos medicina, deve receber mais que o professor de matemática. Pois, aí se encontra, uma das defasagens desse capital humano, que nos é imposto. Onde todos os cidadãos são igualmente responsáveis pelo desenvolvimento do país.
  Com a implantação do sistema capitalista no fim do sec XVIII e início do sec XIX, vem junto uma nova forma de organização social , política e econômica. Em resumo, o sistema capitalista, cuja forma econômica se centra na propriedade privada dos meios de produção, implica a apropriação privada dos bem produzidos coletivamente. Ou seja, " a produção social da riqueza fica subordinada aos interesses privados da classe detentora dos meios de produção." Os modelos taylorista e fordista foram idealizados e introduzidos no sistema produtivo fabril nos sec XIX e XX, como forma de controlar o espaço e tempo do operário e assim deter o controle dos meios de produção e produzir mais-valia. O trabalho alienado e a divisão social do trabalho são o que a caracterizam a reprodução dessa sociedade regida pelo capital.
Opinião da nossa militância referente a parte do texto: " ¹ IMPLICAÇÕES DO NEOLIBERALISMO E DA TEORIA DO CAPITAL HUMANO NA POLÍTICA EDUCACIONAL BRASILEIRA: A DÉCADA
DE 1990 EM QUESTÃO " Telma Martineli Pacifico

Nenhum comentário:

Postar um comentário