Orgulho e honra nacionais trazem junto de si um sentimento de separação
de tudo aquilo que não é nacional, ou verde e amarelo... Mas uma novidade: nem
o futebol é patriota. Para se ter algo de um lado, é necessário tirar do outro,
a balança universal sempre cobrará o equilíbrio. Em nome do país destroçamos o
Paraguai, em nome do país, matamos os pobres que só servem para
"atrasar" a ordem e o progresso... Em nome do país se fazem tantas
coisas absurdas, mas que são justificadas pelo tal "amor a pátria"
ou, quem sabe, "bem maior". Isso não tem nada a ver com torcer pra um
determinado país em um determinado campeonato, ou pelo menos não era pra ter...
A merda toda é que convencem¬ nos desde pequenos, que devemos amar nosso país
acima de tudo. Mas o que é o país, senão um pedaço de território conquistado
através da morte de seus habitantes, muitas vezes obrigados a lutar por uma
causa que nem acreditam? Daí esse sentimento gerar coisas absurdas, como
confundir futebol com a vida real, ou achar que ganhar ou perder uma copa
simboliza algo da nação além de uma fantasia... Torci pro Brasil, não na
esperança de ganhar ou ser melhor, mas apenas porque é o que me resta fazer num
sociedade onde pra ser aceito e ter assunto é manjar de futebol ¬ ou qualquer
coisa que sirva como espetáculo social. O Hino é lindo, todos eles são. A bandeira
e seu significado é lindo, todas elas são. Mas acima de tudo, o mundo é lindo
e, essa separação ilusória, causada por uma linha imaginária que cerca uma
porção de terra e a chama de país, um dia vai acabar ¬ ou pelo menos me forço a
acreditar nisso. E o Brasil que, ironicamente simboliza a união de todos os
povos, se sente humilhado por perder em sua suposta especialidade. Outra
novidade: a especialidade do Brasil não é futebol, acho que agora está mais
claro. A nossa especialidade é ser o Brasil, país de fronteira, país que
congrega o sangue do mundo inteiro em seus habitantes. País que é símbolo do
que está por vir, ainda que com seus problemas internos. Não pelo amor à
pátria, mas pelo amor a representação da união que, um dia quem sabe, faça¬se entender
pelo amor à existência de todos, brasileiros, alemães, mexicanos, argentinos...
Porque, acima de tudo, ainda somos humanos. E quando não mais existirem países
que se digladiam quer seja em uma copa, quer seja em uma guerra, ainda seremos
humanos
quinta-feira, 19 de março de 2015
Evolução: A politica universal.
Cada indivíduo é um ser diferente do seu próximo dentro dos limites que
o permitem, a própria natureza, de ser. Cada indivíduo tem condições de fazer
escolhas mediante ao que a condição de sua liberdade o permite e, assim, formar
o seu próprio caráter e personalidade. Mas isso não exclui, de forma alguma, a
universalidade das necessidades dos indivíduos em comum, e logo, não extingue a
possibilidade da participação politica conjunta com um mesmo objetivo em comum.
Assim como a fome, a sede e o sono são necessidades fisiológicas tanto para os
mais extrovertidos como para os mais introvertidos, a necessidade de autonomia
política faz parte do mesmo conjunto de necessidades, essa última,
exclusivamente humana. Insistem porém em nos alimentar com soro, quando somos
capazes de preparar o nosso próprio alimento; induzem¬ nos ao sono forçado
quando sabemos muito bem a hora de dormir e acordar; renegam¬ nos a água,
enquanto sabemos exatamente como chegar aos mananciais; nos oferecem o sufrágio
universal enquanto podemos ter a felicidade de nos governar! Jamais na história
precisamos tão pouco de "avanços significativos" quanto precisamos
tanto de uma revolução armada. Nunca necessitamos tanto da ajuda de nós mesmos
como quando fomos boicotados pelos nossos próximos. Que tenhamos menos Lulas e
mais Luizes, Joãos e Marias, que construamos com as próprias mãos os nossos
caminhos e vias para a felicidade. A Revolução é a nossa felicidade!
As raízes do Racismo no Brasil
Como
se deve saber, para avaliarmos mais a fundo o racismo brasileiro devemos
lembrar sobre os tempos de escravismo, onde negros vinham a partir de navios
negreiros servir a colônia e produzir recursos a Portugal, que eram propriedade
privada dos senhores. Já diria Marx: “É a primeira forma de propriedade que,
ademais, corresponde perfeitamente a definição dos modernos economistas,
segundo a qual é o direito a dispor da mão de obra de outros.” (A ideologia
alemã, montevidéu 1958, p. 32). Nesse prisma, vamos procurar sintetizar ao
máximo essa parte histórica, aqui vamos ver o abolicionismo. Sobre essas
questões é bom ressaltar que a campanha que culminou a abolição da escravidão
foi de certa maneira a primeira mobilização a encontrar adeptos de todas as camadas
da sociedade brasileira naquela época. Além disso, outra questão que deve ser
vista é que após a abolição não houve iniciativa, incentivo ou preparo para
integramos os negros no novo processo de trabalho, o assalariado. Esta é uma
história de tragédias, injúrias raciais que causaram dor, descaso publico e
muitas vezes mortes, uma chaga racista que infelizmente o Brasil carrega até os
dias de hoje. No início do século XIX, o café impulsionou a economia
brasileira. Após a abolição da escravatura, o governo brasileiro incentivou a
vinda de imigrantes com mão de obra qualificada para as lavouras de café,
assim, milhares de europeus chegavam por ano buscando melhores condições de
trabalho e vida do que encontravam na Europa. O problema é que, com o trabalho assalariado,
negros perderam espaço na sociedade brasileira e, paralelamente, o capitalismo
começava a se mostrar na economia: mais exportação e produção de café, mais
imigrantes vindo, menos negros nos pólos de trabalho, nos centros das cidades.
Os negros, então, começaram a procurar moradias em lugares distantes dos
centro, morando e construindo em morros (atuais favelas), eles tinham que fazer
um trabalho semiescravo ganhando apenas o básico para sua subsistência. Ao
mesmo tempo, o Brasil sofria um processo de embranquecimento, deixando os
negros por sua vez formarem um enorme exército de mão de obra reserva e ainda
sem nenhuma força política. Talvez para explicar melhor essa parte histórica
essa frase de Florestan Fernandes se faça válida até os dias atuais: “A
preocupação pelo destino do escravo se mantivera em foco enquanto se ligou a
ele o futuro da lavoura. Ela aparece nos vários projetos que visaram regular,
legalmente, a transição do trabalho escravo para o trabalho livre, desde 1823
até a assinatura da Lei Áurea. (...) Com a Abolição pura e simples, porém, a
atenção dos senhores se volta especialmente para seus próprios interesses.
(...) A posição do negro no sistema de trabalho e sua integração à ordem social
deixam de ser matéria política. Era fatal que isso sucedesse”. Mantendo o
contexto de totalidade, na atual conjuntura, os laços desse embranquecimento
dos séculos XIX e XX custam até hoje, diversos casos de racismo são vistos. As
estatísticas mostram claramente que a maioria de jovens que são mortos são
negros, a maioria da população carcerária é negra, os moradores e mortos nas
favelas são em maioria negra pois reflexos do passado que nos artodoam até os
dias atuais. Por isso, se faz, mais do que nunca, necessária uma luta de
igualdade racial, que seja ligada contra esse racismo, que reinvidique, sim, o
espaço para lutas populares de movimentos negros, para que não continuemos com
essas ideias reacionárias, para que, sim, possamos erguer os punhos em prol dos
movimentos e das minorias que sofrem essas atrocidades, que também possamos
levantar nossas mãos em favor das cotas, sim, cotas agora e enquanto forem
necessárias! Não esqueceremos o passado, para que a partir dele possamos
construir um novo mundo, livre dos erros que cometemos! Nós, da Aliança
revolucionaria proletária jovem, repudiamos qualquer tipo de preconceito e
lutaremos ao que estiver em nosso alcance para conscientizar as massas e
eliminar de todas as formas o preconceito
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