sexta-feira, 3 de julho de 2015

Corrupção

Hoje no Brasil, há uma discussão que coloca o problema de todo do modelo econômico no governo, dizendo que o problema está na corrupção dos gestores do estado. Criando para o senso comum uma explicação suficiente. Esta questão deve ser aprofundada, pois a corrupção realmente é um problema, mas sua origem realmente se encontra na “má conduta” dos gestores ou possuir fundamentos na estrutura econômica? A corrupção não é a doença que deve ser destruída ela é o sintoma. Quando estamos com dor e vamos ao médico este receita um remédio para aliviar a dor, mas depois passa uma bateria de exames para procurar a origem da dor, ou seja, a corrupção surge como o sintoma do capitalismo, a corrupção é fruto do um sistema econômico de classes, pois para manter a estrutura de poder da classe dominante tal classe utiliza-se de meios chamados corruptos, pagando propina para ganhar licitações, para destruir a concorrência, etc. Então não basta defender o fim da corrupção temos que defender o fim do estado de classes, temos que destruir a doença.
Os animais (pois não há outro adjetivo para queles animais que não utilizam a racionalidade) mais convictos em defender que o problema está na corrupção são os liberais. Este ideólogos burgueses pregam (só com pregação, pois tem que ter muita fé pra acreditar em tais falacias) que o livre mercado é capaz de regular e que a corrupção é fruto do estado.
Nos momentos de crises do capitalismo os liberais saem para fora de suas tocas e começam a soltar frases soltas para criticar o estado sem compreender o real papel do estado, o estado não tem por objetivo conciliar as classes, mas criar ferramentas para classe dominante legitime sua posição sem que haja o conflito direto entre as duas classes em contradição (no atual estágio de desenvolvimento das forças produtivas o proletariado e a burguesia). Então como o estado serve de ferramenta para burguesia enfumaçar a luta de classe, não deixando-a evidente, em momento de crise o problema não recai sobre a verdadeira culpada da crise           (burguesia), mas recai sobre o estado. Mesmo estes ideólogos burgueses não querem o fim do estado eles apenas defendem que o estado não interfira nos seus interesses (estado mínimo), mas retirando os fatos da realidade a burguesia necessita do estado mesmo nos momentos de crise, como foi o caso da última crise em 2008 e que perdura até hoje, 2015, pois o estado teve que “dar“ dinheiro para os bancos e grandes empresas, no Brasil, a GM ganho milhões do governo e enviou como lucro para seu paí de origem, USA.
Mas então, os liberais não tem nem a capacidade de tirar da realidade seu objeto de estudo. Eles apenas ACHAM e com achomêtro fazem teorias. Um exemplo que se apresenta na atualidade de que a corrupção não é consequência do estado e sim um sintoma do sistema burguês é a Federação internacional de futebol - FIFA. Na Federação está presente a corrupção e não são com as nações que está tendo o problema de corrupção. A corrupção da FIFA está associada a superfaturamento de estádios, da venda  de direitos de imagem..., ou seja, uma instituição não governamental está envolvida com a corrupção. Além disso outras associações estão envolvidas como é o caso da Confederação Brasileira de Futebol – CBF. A FIFA utilizasse de seu poder internacional como uma grande empresa multinacional para intervir e impor sua vontade, como vimos no caso brasileiro de leis serem aprovadas porque era de interesse econômico da FIFA, um exemplo é a venda de cervejas nos estádios, pois a Heineken é uma das principais patrocinadoras da FIFA.
Vejam a tolice dos liberais em defender um estado mínimo, se uma grande impressa muda as leis de um estado de forma direta e arbitrária, um estado que não tenha autonomia política e econômica sempre continuará refém da grandes empresas (burguesia), impossibilitando a transformação do estado burguês para um estado operário, pois o estado mínimo permitirá que os interesses da burguesia se perpetue. Por tal, a defesa desses ideólogos burgueses deve ser combatida com fervor e convicção revolucionárias de que esse grupo não passa de um bando descomprometido com o interesse dos trabalhadores.

O combate à corrupção deve ser feito observando a realidade, a corrupção  surge como uma consequência do pensamento individualista que coloca que cada um deve ser melhor que as pessoas a sua volta, pois isso o tornaria realizado, vitorioso na vida. Tendo mais dinheiro implica que tu é mais vitorioso, culminando em atos corruptos. No atual estágio de organização da burguesia a corrupção não é mais uma característica apenas de nível pessoal é sistêmica, está engendrada na forma de organização burguesa para manutenção do poder das empresas (lobby). Temos que combater a corrupção em todos os níveis pessoal e nas organizações, mas sempre consciente que só poderemos “acabar” com a corrupção quando os operários estiverem no poder do Estado construindo novas formas de organização proletária, acabando com os vícios burgueses e pequeno-burgueses existentes na atual sociedade.     

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