Hoje
no Brasil, há uma discussão que coloca o problema de todo do modelo econômico
no governo, dizendo que o problema está na corrupção dos gestores do estado.
Criando para o senso comum uma explicação suficiente. Esta questão deve ser
aprofundada, pois a corrupção realmente é um problema, mas sua origem realmente
se encontra na “má conduta” dos gestores ou possuir fundamentos na estrutura
econômica? A corrupção não é a doença que deve ser destruída ela é o sintoma.
Quando estamos com dor e vamos ao médico este receita um remédio para aliviar a
dor, mas depois passa uma bateria de exames para procurar a origem da dor, ou
seja, a corrupção surge como o sintoma do capitalismo, a corrupção é fruto do
um sistema econômico de classes, pois para manter a estrutura de poder da
classe dominante tal classe utiliza-se de meios chamados corruptos, pagando
propina para ganhar licitações, para destruir a concorrência, etc. Então não
basta defender o fim da corrupção temos que defender o fim do estado de classes,
temos que destruir a doença.
Os
animais (pois não há outro adjetivo para queles animais que não utilizam a
racionalidade) mais convictos em defender que o problema está na corrupção são
os liberais. Este ideólogos burgueses pregam (só com pregação, pois tem que ter
muita fé pra acreditar em tais falacias) que o livre mercado é capaz de regular
e que a corrupção é fruto do estado.
Nos
momentos de crises do capitalismo os liberais saem para fora de suas tocas e
começam a soltar frases soltas para criticar o estado sem compreender o real
papel do estado, o estado não tem por objetivo conciliar as classes, mas criar
ferramentas para classe dominante legitime sua posição sem que haja o conflito
direto entre as duas classes em contradição (no atual estágio de
desenvolvimento das forças produtivas o proletariado e a burguesia). Então como
o estado serve de ferramenta para burguesia enfumaçar a luta de classe, não
deixando-a evidente, em momento de crise o problema não recai sobre a
verdadeira culpada da crise (burguesia),
mas recai sobre o estado. Mesmo estes ideólogos burgueses não querem o fim do
estado eles apenas defendem que o estado não interfira nos seus interesses
(estado mínimo), mas retirando os fatos da realidade a burguesia necessita do
estado mesmo nos momentos de crise, como foi o caso da última crise em 2008 e
que perdura até hoje, 2015, pois o estado teve que “dar“ dinheiro para os
bancos e grandes empresas, no Brasil, a GM ganho milhões do governo e enviou
como lucro para seu paí de origem, USA.
Mas
então, os liberais não tem nem a capacidade de tirar da realidade seu objeto de
estudo. Eles apenas ACHAM e com achomêtro fazem teorias. Um exemplo que se
apresenta na atualidade de que a corrupção não é consequência do estado e sim
um sintoma do sistema burguês é a Federação internacional de futebol - FIFA. Na
Federação está presente a corrupção e não são com as nações que está tendo o
problema de corrupção. A corrupção da FIFA está associada a superfaturamento de
estádios, da venda de direitos de
imagem..., ou seja, uma instituição não governamental está envolvida com a
corrupção. Além disso outras associações estão envolvidas como é o caso da
Confederação Brasileira de Futebol – CBF. A FIFA utilizasse de seu poder
internacional como uma grande empresa multinacional para intervir e impor sua
vontade, como vimos no caso brasileiro de leis serem aprovadas porque era de
interesse econômico da FIFA, um exemplo é a venda de cervejas nos estádios,
pois a Heineken é uma das principais patrocinadoras da FIFA.
Vejam
a tolice dos liberais em defender um estado mínimo, se uma grande impressa muda
as leis de um estado de forma direta e arbitrária, um estado que não tenha
autonomia política e econômica sempre continuará refém da grandes empresas
(burguesia), impossibilitando a transformação do estado burguês para um estado
operário, pois o estado mínimo permitirá que os interesses da burguesia se
perpetue. Por tal, a defesa desses ideólogos burgueses deve ser combatida com
fervor e convicção revolucionárias de que esse grupo não passa de um bando
descomprometido com o interesse dos trabalhadores.
O
combate à corrupção deve ser feito observando a realidade, a corrupção surge como uma consequência do pensamento
individualista que coloca que cada um deve ser melhor que as pessoas a sua
volta, pois isso o tornaria realizado, vitorioso na vida. Tendo mais dinheiro
implica que tu é mais vitorioso, culminando em atos corruptos. No atual estágio
de organização da burguesia a corrupção não é mais uma característica apenas de
nível pessoal é sistêmica, está engendrada na forma de organização burguesa
para manutenção do poder das empresas (lobby). Temos que combater a corrupção
em todos os níveis pessoal e nas organizações, mas sempre consciente que só
poderemos “acabar” com a corrupção quando os operários estiverem no poder do
Estado construindo novas formas de organização proletária, acabando com os
vícios burgueses e pequeno-burgueses existentes na atual sociedade.
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